Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee... viram que desta vez eu nem demorei tanto!!! To tentando otimizar meu tempo, por mais que as horas voem aqui... É incrível, por mais que me esforce sempre fica algo para fazer no outro dia, ou ainda pior, não consigo terminar o que comecei! Em suma, durmo ali pela 1 da madrugada e acordo as 10. Dou uma matada no tempo, estudo e faço almoço. Aí já são 2 p.m , então saio correndo para a Livraria publica que é onde acesso a internet, pois ter esse luxo em casa vai demorar um pouquinho. Lá fico um tempo, torcendo que tenha uma tomada vaga para ligar o meu computadors pois a bateria ta rendendo só uma hora. E fico nos sites de emprego mandando currículos e fazendo cadastros. Hoje por exemplo fiquei melhorado meu currículo, pois estava meio estranho... Eu e as burocracias, sempre uma eterna briga! Acho que meu cérebro em algum momento da minha vida anulou esta capacidade prática. Mas voltando a prática, vocês não imaginam como é bom escrever aqui , pois me imagino falando com vocês e me faz muito bem, ainda mais quando sei que as pessoas leram..eeeeeeeee... me sinto amada...rs... A distancia faz a gente ficar carente...
Mas vamos lá, hoje vou falar de duas coisas Mara! A parada gay e meu primeiro bico aqui!
Era sexta quando tive a confirmação que seria a parada gay aqui sábado, mas minhas informações acabaram por aí, pois sem internet o mundo se torna algo muito grande...rs. Eu e a Mari fizemos umas ligações, mas nada. Teve que ficar para sábado mesmo procurar na net dentro da livraria. Esta literalmente salva as nossas vidas. Cheguei ali pela 1 p.m na livraria e a parada era as 2! Mal olhei os emails e fiquei com preguiça de levar o PC para casa. Fui com mochila e tudo! A esta altura já tínhamos achado a versão gay do Heman coberto de bexigas, com uma sunga de lantejoulas e uma mini blusa feita de camisa de futebol americano... uma visão e tanto! E ele nos indicou onde era a concentração. Era perto, e logo estávamos lá!
Primeira coisa, cerveja... o problema é que aqui é proibido beber na rua, então não tinha lugar para comprar bebida, então resolvemos ir no mercado e comprar uma Smirnoff em garrafa de 700 ml que custa 6 euros, e uma garrafa de água para jogar fora e camuflar a bebida...rs... Era só para não passar em branco! O problema é que quando estávamos voltando a parada já tava indo! Isso mesmo, ao contrario do Brasil, aqui não teve esquenta e a parada tava mais para corrida, pois foi difícel alcançar o pessoal! Além disso, eles não fecharam a rua. Tipo, trancou tudo, por isso foi muito rápido!
Depois da caminhada tudo se concentrou em um parque onde tiveram vários discursos e apresentações. Tudo muito light e bem menos carnavalesco que no Brasil, mas ao ouvir os discursos deu para entender o porque. A questão da homossexualidade aqui ainda é um grande tabu, tanto que foi a primeira parada aberta pelas principais ruas. Fora isso tem a forte ligação dos irlandeses com a igreja católica e a relação do Papa com o homossexualismo, que incentiva ainda mais a homofobia. A luta aqui está bem atrás da do Brasil, mas em todos os lugares a luta pelos direitos civis dos homossexuais ainda é e será uma longa batalha.. mas fazer o que?! O jeito é arregaçar as mangas e se armar de purpurina pela luta pelo direito de amar.
Bem atrás também estão as Drags e os dj’s daqui, não te comparação, eles são bem ruinzinhos... Mas para resumir, me diverti muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito! Ainda mais que depois fomos para uma boate GLS daqui onde podemos dançar sem gastar nenhum centavo...eeeeeee... Vocês podem conferir nas fotinos, foi muito bom, pro Rafa ainda melhor,,né! Não é sempre que encontramos um anjo....rs....
Imaginei muito a Lu e a Paulnha aqui, afinal é tradição na parada de Floripa nossa presença, mas fazer o que... quem sabe na próxima né meninas...rs?
Agora sobre meu bico, não posso deixar de dividir isso..rs... Então, uma amiga me ligou perguntando se não queria trabalhar substituindo um cara vendendo jornal. Na hora da ligação gelei ... sempre me dá um gelo pensar em trabalhar e não conseguir fazer direito e nem me comunicar... estas coisas. Mas respirei fundo, pensei que é para isso mesmo que estou aqui e que só vou conseguir melhorar no inglês se tocar o “foda-se” (desculpa o palavrão mãe, mas não achei outra melhor) e ir a luta! Fui. Nervosa ansiosa mas fui. Peguei o uniforme, que dizer que era medonho era elogiar! Tratava-se de uma calça larga, um moleton, um colete e um boné para acabar com qualquer reputação. Tudo laranja fosforescente com listras pratas. Nem eu conseguia me achar dentro da roupa! O lance era ir andando na rua quando o sinal fechasse vendendo para os motoristas. Teoricamente simples, mas fiquei muito, muito, muito podre! Trabalhei das 11 da manha as 6:30, sem parar. Peguei chuva, sol e tempo nublado. Conversei com vários velinhos e todo mundo foi bem simpático comigo, aqui eles valorizam muito quem trabalha. Devo ter dado vários furos falando em inglês e não tinha nem como usar o charme para vender o jornal, pois com aquela roupa era impossível...rs. Acabei vendendo 36 jornais e ganhando 27 euros.
Ao comparar com outros trabalhos aqui, realmente ganha muito pouco, mas eu não estava fazendo nada mesmo! Pelo menos passo a semana sem gastar da poupança..rs.
Acho que mais importante para contar era isso, depois volto a escrever, esperando ter muitas muitas e muitas novidade boas, principalmente emprego. Vocês não tem idéia como é barato viajar aqui, to me coçando! Estou louca para arrumar logo um emprego para por o mochilão e partir para a Europa!
Bj, e se der mandem energias positivas para mim conseguir um trampo!