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domingo, 22 de agosto de 2010

"Enjoy yourself"...




"Cá" estou eu meus amigos, para mais algumas linhas de divagações, papo furado, desabafos, erros ortográficos e algumas informações...rs. Desta vez a desculpa por tanto tempo sem escrever, alem da falta de tempo,claro, é a dificuldade de escolher um assunto. Nossa,aconteceu tenta coisas que merece minutos filosóficos... Uma delas foi um depoimento de meu amigo Egon, que me fez pensar muito sério sobre muitas coisas, sobre a possibilidade das coisas. O conteúdo ainda vai ficar guardado para nós dois, e para mais quem ele contou..rs...unicamente poruqe preciso digerir melhor, mas o que me fez pensar vai ficar registrado nessas linhas retas possibilitadas pela tecnologia.
Esta semana foi a primeira vez que ouvi uma expressão em ingles, que por acaso é o título deste post, isso só para não ser obvio (tipo filme ou peça de teatro que a toda hora repete o título nos dialogos para a gente poder se contorcer na cadeira...) "Enjoy your self!". Provavelmente como muitas coisas em ingles, o significado literal desta frase é simplesmente Enjoy as outras palavras são só para complicar a vida de quem quer aprender inglês... mas, contudo, porém, entretanto, não pude deixar de parar e realmente pensar sobre o yourself. Até por que esta frase foi me dita por 3 diferentes pessoas num mesmo dia em diferentes contextos.. coisa que ate me assustou um pouco, pois uma destas pessoas foi um tiozinho indiano da loja de conveniência onde parei para comprar um chicletes antes da night neste fim de semana.. Mas enfim, deixando as pessoas meio estranhas de lado, e falando das outras, é incrível ver e perceber os desafios da vida no exterior.
Todo dia encontro amigos conhecidos e até eu mesma, tendo que se defrontar numa dura batalha consigo mesmo, com seus limites, com suas crenças, com seus sonhos e com suas falhas, seja em pequenos detalhes ou grandes enredos, tendo que na marra se superar para poder continuar, seja lá o que isso verdadeiramente significa. A questão certo e errado fica ainda mais complicado, pois cada um sabe da sua verdade e que é melhor para si, ou não... Mas será que sempre temos coragem para admitir o que é melhor para nós por mais que para os outros isso parecerá uma falha ou erro mortal ou moral?
Nossa vida sempre está entrelaçado por varios interesses e interessados. Nunca nossas decisões afetam apenas a gente.
Nesses três meses que estou aqui já fiquei sabendo de muitas histórias, vi gente voltando para o Brasil com apenas 1 mes aqui na Irlanda pois não estava preparado, vi gente mudando de opinião a cada 3 dias, e vi gente sabendo que seria melhor voltar mas fica, mesma sendo infeliz. Gente se perdendo nos pubs e gastando 1000 euros no primeiro mês entre uma paint e outra (fique bem claro que não é meu caso!), gente ralando nos empregos e quem nem ta nem aí para isso, por mais que precise. Gente começando a aprender a fritar ovo e fazer miojo, ou trocar fralda, assim como eu. Mas tudo na vida no exterior basicamento é sobre aprender e de uma forma ou outra se encontrar com outras possibilidade de seu ser. Será que nascemos realmente pra fazer uma coisa no mundo? Será que é como nos filmes ou como nos livros ou naqueles casos que a gente ouve, cada um de nós tem um dom, e que se é muito bom nisso? E se a gente nunca descobrir nosso dom e ser bem suscedido e rico e feliz? Será que na maioria das vezes não conhecemos e nos limitamos a apenas uma face de nosso infinito ser? Eu sei, seu sei, peguei pesado agora... Mas quantas vezes nos perdemos em nossas funções e em nossas rotinas ou nos achismos das outras pessoas? Quantas vezes só olhamos sem verdadeiramente conhecer? Quantas vezes paramos para aproveitar a gente mesmo?
Eu posso dizer que uma coisa é certa, voce pode ate ganhar menos por aqui, pode até trabalhar em coisas que não são lá táo valorizadas, mas com certeza você aproveita mais. Tudo rende mais. Tudo é mais possível. Por mais que a saudade seja grande/imensa, aqui estou reaprendendo a me aproveitar, por mais que isso em portugues tenha ficado meio estranho. Estou redescobrindo prazeres, como sair para a night e simplesmente me acabaaaaaaaaaaaaaar dançando (principalmente nas boates gays daqui) conhecer novos lugares de busão com 2 sanduíches de queijo e 2 amigos, comprar roupas sem crediários, viajar, andar... e principalmente, tudo isso sem peso na consciência e ainda poupando um dinheirinho! É possível? Sim meus amigos, é!
Quem me conhece sabe que sou meio pão dura..rs... se não fosse também seria impossível ter conseguido juntar o dinheiro para poder vir para cá...rs.... mas então, calcule comigo (como diz meu amigo Santin): tem muita night de graça por aqui, até boates se você entrar antes das 11 não paga nada! E as lugares de graça sempre são os melhores... se você tem que pagar, normalmente não passa de 4-8 euros. Tem muito, mas muito Pub aqui, só vindo mesmo para acreditar, em lugares fora do centro, devem ter 2 por rua, no centro é incontável, quase todos com boa musica ao vivo de graça, você só vai nos mesmos lugares se realmente quer. A bebida por sua vez é cara, pois nem tudo na vida sem flores... Busão aqui é em media 1.80, 2.40 para os lugares mais longe e você ainda tem a possibilidade de ir de metro, pelo mesmo preço e muito mais rápido. Viagens para o exterior, com antecedência, chegam a ser ridicularmente baratas, ou melhor, fazem as passagens aerias do BR serem ridicularmente caras.. Por exemplo, (agora babem amigos) estou indo com uma amiga para Londres no primeiro findi de setembro por 10 euros, ida e volta! Isso mesmo, 10 euros!!!! Com antecedência e paciência (pois o site da ryanar é uma bosta (desculpa, não tem outra palavra que defina)) você consegue conhecer a europa gastando uma mixaria. É quase o preço de ir e voltar de ônibus para o centro de floripa!!!! Roupas, chega até dar comichão... com certeza a melhor coisa que fiz foi ter vindo com pouca coisa para cá! Comprei calças jeans lindas por 10 euros, comprei vestidos da Zara por 5, blusinhas basicas por 2.50 e casacos Maraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa por 10 e 20, coisa que no Brasil custaria fácil 150, 200 reais. Mas mãe, isso nao quer dizer que voce pode sair dando todas minhas roupas hem...sabe como é, tem coisa que nao adianta, tem valor sentimental!
E aí está, mais um post gigantesco... mas vai ficar o recado "enjoy yourself" (de novo o título, tive que repetir :) ), não existe nada melhor na vida do que isso, e não existe nada melhor do que a possibilidade de fazer isso do lado das pessoas que você ama... e aí, a melhor noticia de todas: o Marcelo está vindo para cá dia 17 de setembro... nada melhor! Agora estou contando os dias e os segundos. Tudo com um baita smile!eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

o que realmente vale a pena...


Faz tempo que não faço um post de divagações... e como me sinto inspirada hoje resolvi apenas escrever. Deve ser porque passei o findi sozinha, pois a família foi viajar para a casa da mãe da Gema (mãe do Wil, o Bebe que cuido) o que para mim foi muito bom, pois as vezes preciso ficar sozinha, tipo precisava descansar e me reencontrar com meus pensamentos, e também pois tomei uma overdose da série Sex and the City...mas é só uma obvia suposição..rs. Sem assunto pré-determinado, sem novidades e sem foco, sinto que preciso escrever. Quem sabe é porque não consigo me expressar filosoficamente em inglês..rs... nossa, como o mundo está perdendo....rs. Mas sério, as vezes sinto falta daquelas conversas longas e sem sentido assim como sinto falta de conversas onde ficamos só relembrando histórias.
Porque no final das contas isso é tão bom? Porque relembrar tantas vezes as mesmas histórias de sempre faz tão bem? Acho, que quem sabe, é porque são nossas ações, nossas histórias que nos relembram quem realmente somos. Eu sempre detesto lugares onde você precisa contar quem você é. Para mim isso é muito difícil. Como falar quem você é?? Como definir toda a complexidade de seu ser em frases, sempre se preocupando em ser político, em não parecer simples de mais ou ficar se “achando”. Eu sempre me saio muito, mas muito mal nestas entrevistas. Mas se me perguntarem sobre meus amigos, aí creio que posso me contar melhor..rs... Isso não deixa de ser um pouco dúbio, mas não deixa de confirmar varias teoria que em suma somos seres sociais.
Se me perguntarem da minha infância, vou relembrar da Daiane e da Lu, e como brincávamos pelas ruas da Vila Sulina com nossos infinitos clubinhos. Dos dias em que trancávamos a rua Concórdia para jogar vôlei com todos os vizinhos íamos nas casas para fazer negrinho para os aniversários ou quando saíamos com nossas bicicletas para explorar o mundo (o que se limitava ao bairro e ao centro de Santa Rosa.. )
Se me perguntarem da minha pré-adolescência, na hora vou lembrar do Concórdia e de meus eternos amigos de turma ( Ps- quando falo turma me refiro a turminha, o que no nosso caso era uma turmona de umas 10 pessoas que faziam questão de se achar diferente do resto, tipo underground..rs... inocência). De como éramos próximos, como não gostávamos dos populares e como nos divertíamos nas primeiras festas, nos primeiros beijos, nos 15 anos comemorados com muita ovada e farinha e também ou em grandes festas e viagens para Disney para quem podia, o que não foi meu caso, mas pelo menos aproveitei as festas como convidada..rs. Me lembro dos meus diários e da importância deles para mim, nossa, lembro que pensava em até publicá-los quando fosse maior, pois tudo aos meus olhos parecia grande, catastrófico e fantástico. As alegrias e as descobertas. Coisas já desmistificadas quando depois de adulta os reli. Foi uma decepção. “Só isso”, eu pensei... mas na época era o máximo... Como a importância das coisas é relativa ao tamanho que você acredita que tem o mundo.
Logo depois vem as grandes festas, as primeiras paixões, as primeiras doses de álcool as infinitas e infinitas conversas na frente de casa sobre o que aconteceu nas festas. Quem quase ficou com quem, o que fulano ou ciclano fez, as palavras ditas.. tudo era relembrado milhões de vezes minuciosamente regado a térmicas e térmica de chimarrão e baldes de pipoca com melado. Aí vem a Cíntia, Márcia e Débora, e as desculpas que inventávamos para a Débora sair escondido da vó dela, que ficava a noite toda espiando na janela para nos pegar nos flagra. Lembro também das primeiras distancias e das primeiras saudades, como os anos que passei sem falar com meu grande amigo Lucas. Esse por sua vez me disse duas coisas que nunca esqueço: “a gente sabe quando alguém é nosso amigo quando ficamos horas em silencio um ao lado do outro e isso não incomoda” e “tomates vermelhos sempre estão cheios de venenos e que o certo é tirar a casca”..rs.. a primeira levo muito a serio, o segundo nunca obedeço, mas sempre lembro...rs.
E também, não tem como deixar de lembrar de Ijuí... Nossa. Ijuí.. teria que ter paginas e paginas para começar a contar as histórias passadas com minha “prima preferida” (assim que nos chamamos) Gerli. Dos findi semanas acordadas, dormindo 40 minutos por noite e fritando pastel de manha para abastecer o mercado. Sinceramente, não sei como conseguíamos... bem mas a maioria de nossas histórias tem que ficar entre nós mesmas...rs.. né prima!?
Também me lembro dos verões em Cidreira. Nossa, como foram incríveis os verões em Cidreira... Me lembro de quando chegava, além de ver o que tinha sobrado da casa..rs.. vamos dizer que cidreira não é lá a melhor praia do mundo..rs... e correria para ver quem da vizinhança já tinha chego e quando iríamos para as noites do centro encontrar com a mesma galera de todos os anos.
Depois de uma adolescência veio Floripa.. e isso já é uma outra história. Mas hoje o Marcelo me falou uma coisa que realmente acredito e que todos os dias agradeço: como eu tenho sorte ao encontrar pessoas boas... Minha vida inteira fui rodiada de amigos e pessoas maravilhosas com os quais vivi e vivo histórias. Que dividi e divido história. Com as quais quero viver, crescer e me emocionar pelo resto da minha vida. Não interessa o quão longe estejamos, o quanto tempo não nos falamos, eles sempre estarão comigo. Sempre algo os relembra.
Minha mãe uma vez um tanto enciumada me falou que dou mais importância para os amigos do que para a família.. eu ri e não pude deixar de pensar... realmente tem amigos para mim que são a minha família, a família que construí. A minha família sanguínia sempre será meu alicerce, mas a grande diferença entre essas duas famílias é que a primeira é “obrigada” amar vc, afinal tem o mesmo sangue, você nasceu deles, não tem como não amar! A segunda, os amigos, amam você porque escolheram isso, é como se falassem: ok, aceito teus defeitos e qualidades, quero estar ao seu lado...
Não tem como colocar o nome de todo mundo aqui, mas vocês sabem quem vocês são e sabem o quanto amo vocês. Agora acho que vou corrigir o que afirmei no inicio do post, acho que quem define a gente.não são só as nossas histórias, mas quem vive elas com a gente. Acho que aquele ditado: “diga com quem andas e digo quem tu és” nunca teve tanto sentido, e posso afirmar: sou uma pessoa de muita sorte...