Pesquisar este blog

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

o que realmente vale a pena...


Faz tempo que não faço um post de divagações... e como me sinto inspirada hoje resolvi apenas escrever. Deve ser porque passei o findi sozinha, pois a família foi viajar para a casa da mãe da Gema (mãe do Wil, o Bebe que cuido) o que para mim foi muito bom, pois as vezes preciso ficar sozinha, tipo precisava descansar e me reencontrar com meus pensamentos, e também pois tomei uma overdose da série Sex and the City...mas é só uma obvia suposição..rs. Sem assunto pré-determinado, sem novidades e sem foco, sinto que preciso escrever. Quem sabe é porque não consigo me expressar filosoficamente em inglês..rs... nossa, como o mundo está perdendo....rs. Mas sério, as vezes sinto falta daquelas conversas longas e sem sentido assim como sinto falta de conversas onde ficamos só relembrando histórias.
Porque no final das contas isso é tão bom? Porque relembrar tantas vezes as mesmas histórias de sempre faz tão bem? Acho, que quem sabe, é porque são nossas ações, nossas histórias que nos relembram quem realmente somos. Eu sempre detesto lugares onde você precisa contar quem você é. Para mim isso é muito difícil. Como falar quem você é?? Como definir toda a complexidade de seu ser em frases, sempre se preocupando em ser político, em não parecer simples de mais ou ficar se “achando”. Eu sempre me saio muito, mas muito mal nestas entrevistas. Mas se me perguntarem sobre meus amigos, aí creio que posso me contar melhor..rs... Isso não deixa de ser um pouco dúbio, mas não deixa de confirmar varias teoria que em suma somos seres sociais.
Se me perguntarem da minha infância, vou relembrar da Daiane e da Lu, e como brincávamos pelas ruas da Vila Sulina com nossos infinitos clubinhos. Dos dias em que trancávamos a rua Concórdia para jogar vôlei com todos os vizinhos íamos nas casas para fazer negrinho para os aniversários ou quando saíamos com nossas bicicletas para explorar o mundo (o que se limitava ao bairro e ao centro de Santa Rosa.. )
Se me perguntarem da minha pré-adolescência, na hora vou lembrar do Concórdia e de meus eternos amigos de turma ( Ps- quando falo turma me refiro a turminha, o que no nosso caso era uma turmona de umas 10 pessoas que faziam questão de se achar diferente do resto, tipo underground..rs... inocência). De como éramos próximos, como não gostávamos dos populares e como nos divertíamos nas primeiras festas, nos primeiros beijos, nos 15 anos comemorados com muita ovada e farinha e também ou em grandes festas e viagens para Disney para quem podia, o que não foi meu caso, mas pelo menos aproveitei as festas como convidada..rs. Me lembro dos meus diários e da importância deles para mim, nossa, lembro que pensava em até publicá-los quando fosse maior, pois tudo aos meus olhos parecia grande, catastrófico e fantástico. As alegrias e as descobertas. Coisas já desmistificadas quando depois de adulta os reli. Foi uma decepção. “Só isso”, eu pensei... mas na época era o máximo... Como a importância das coisas é relativa ao tamanho que você acredita que tem o mundo.
Logo depois vem as grandes festas, as primeiras paixões, as primeiras doses de álcool as infinitas e infinitas conversas na frente de casa sobre o que aconteceu nas festas. Quem quase ficou com quem, o que fulano ou ciclano fez, as palavras ditas.. tudo era relembrado milhões de vezes minuciosamente regado a térmicas e térmica de chimarrão e baldes de pipoca com melado. Aí vem a Cíntia, Márcia e Débora, e as desculpas que inventávamos para a Débora sair escondido da vó dela, que ficava a noite toda espiando na janela para nos pegar nos flagra. Lembro também das primeiras distancias e das primeiras saudades, como os anos que passei sem falar com meu grande amigo Lucas. Esse por sua vez me disse duas coisas que nunca esqueço: “a gente sabe quando alguém é nosso amigo quando ficamos horas em silencio um ao lado do outro e isso não incomoda” e “tomates vermelhos sempre estão cheios de venenos e que o certo é tirar a casca”..rs.. a primeira levo muito a serio, o segundo nunca obedeço, mas sempre lembro...rs.
E também, não tem como deixar de lembrar de Ijuí... Nossa. Ijuí.. teria que ter paginas e paginas para começar a contar as histórias passadas com minha “prima preferida” (assim que nos chamamos) Gerli. Dos findi semanas acordadas, dormindo 40 minutos por noite e fritando pastel de manha para abastecer o mercado. Sinceramente, não sei como conseguíamos... bem mas a maioria de nossas histórias tem que ficar entre nós mesmas...rs.. né prima!?
Também me lembro dos verões em Cidreira. Nossa, como foram incríveis os verões em Cidreira... Me lembro de quando chegava, além de ver o que tinha sobrado da casa..rs.. vamos dizer que cidreira não é lá a melhor praia do mundo..rs... e correria para ver quem da vizinhança já tinha chego e quando iríamos para as noites do centro encontrar com a mesma galera de todos os anos.
Depois de uma adolescência veio Floripa.. e isso já é uma outra história. Mas hoje o Marcelo me falou uma coisa que realmente acredito e que todos os dias agradeço: como eu tenho sorte ao encontrar pessoas boas... Minha vida inteira fui rodiada de amigos e pessoas maravilhosas com os quais vivi e vivo histórias. Que dividi e divido história. Com as quais quero viver, crescer e me emocionar pelo resto da minha vida. Não interessa o quão longe estejamos, o quanto tempo não nos falamos, eles sempre estarão comigo. Sempre algo os relembra.
Minha mãe uma vez um tanto enciumada me falou que dou mais importância para os amigos do que para a família.. eu ri e não pude deixar de pensar... realmente tem amigos para mim que são a minha família, a família que construí. A minha família sanguínia sempre será meu alicerce, mas a grande diferença entre essas duas famílias é que a primeira é “obrigada” amar vc, afinal tem o mesmo sangue, você nasceu deles, não tem como não amar! A segunda, os amigos, amam você porque escolheram isso, é como se falassem: ok, aceito teus defeitos e qualidades, quero estar ao seu lado...
Não tem como colocar o nome de todo mundo aqui, mas vocês sabem quem vocês são e sabem o quanto amo vocês. Agora acho que vou corrigir o que afirmei no inicio do post, acho que quem define a gente.não são só as nossas histórias, mas quem vive elas com a gente. Acho que aquele ditado: “diga com quem andas e digo quem tu és” nunca teve tanto sentido, e posso afirmar: sou uma pessoa de muita sorte...

2 comentários:

  1. Nossa flor, fazia um tempão que eu não chorava com seus posts mas esse não pude me aguentar!!! Que coisa mais linda!!! Me fez relembrar de vários momentos como aquele carnaval que as duas estavam solteiras, como foi bom Meu Deus! As caminhadas da nossa casa até a CASA pra tomar uns chopes!!! Aquele verão insquecível regado a sol, mar e cerveja!!! Saudades...

    ResponderExcluir
  2. Negaa, que poste lindo!!! Suas divagações me fizeram relembrar minha infancia e adolescencia tb!! E como tinhamos em comum... Eu tb jogava volei na rua, explorava "o mundo" de bicicleta...ficava até altas horas fofocando sobre as festas (no verão "ameno" de SB, na rua mesmo!), não fui a Disney e nem tive festão nos 15 (mas aproveitei muitas festas rss). Tb odiava os populares, mas não era dos "undergrounds" ( até os 14 era dos "nerds" rsss). Depois tb começaram as primeiras doses de alcool que me transformaram numa nerd mais "peralta"...e meus darios nunca tiveram continuidade! POderia contar milhões de historias aqui, muitas q ainda não te contei, mas isso ficará pro próximo encontro...que é CERTO, afinal, da sua famíla de Floripa eu faço parte, não?! rsss
    Saudades imensas cumadre!! Tá rolando chimas aí?? bjooo

    ResponderExcluir

amoooooooooooooooooooooooo