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terça-feira, 12 de outubro de 2010

A questão de espaço: relatividade na vida de au-pair



Olha, contrariando as expectativas e os costumes, aqui estou eu, escrevendo mais um post, eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee. Mas devo deixar claro que isto só foi possível por dois motivos: 1-tive quase toda semana of pois a Gemma e o Will (bebê que cuido) foram viajar e 2- hoje tive um delicioso dia de preguiça! Hoje, sábado, eu e o Marcelo não fizemos nada com exceção do almoço e de assistir Glee a tarde inteira, minha nova série da vez. Sério, não é a toa que é um fenômeno por aqui! Não há um só lugar que você vá que não escute Don’t stop, belive”. Na parada gay mesmo tocou infinitas vezes e toda vez eu e Mariana cantávamos com toda força do nosso âmago, mesmo sem saber a letra! (Isto uma freqüência para mim) A única coisa meio “dimax”, como diria o manezinho, são os playbacks, o que por si só já o brega, ainda mais mal feitos como são no programa. Mas mesmo assim é muito bom, porém vou parar por aqui que o objetivo não é fazer criticas a programas de TV e sim falar um pouco sobre a vida de au-pair, fazer novamente um post útil..rs.
Trabalhar de au-pair sempre é complicado, além de histórias cabulosas que você ouve de vez em quando, tanto sobre au-pairs sem noção quanto sobre famílias insanas, tem milhões de coisas que você nunca deixa de levar em conta e pensar sobre. Ás vezes paro para pensar o quanto deve ser dificel optar por colocar uma pessoa que vc mal conhece dentro de sua casa, para morar com você, dividir espaço com sua família e cuidar de seu bem mais precioso, seu filho. E por outro lado penso o quanto isso também é uma opção barata para as famílias e como tem gente que aproveita disso. Tem uma menina, por exemplo, que trabalha em uma família em que a mulher tem 2 au-pairs e além delas cuidarem dos filhos dela ainda cuidam de uma escolinha. Com certeza mais vantajoso que pagar uma professora.
Mas falando de minha experiência, que graças a Deus não tem nada de cabulosa, queria falar da coisa mais complicada de lidar: espaço. Qual espaço que você ocupa dentro da casa. Isso sempre me deixa um pouco confusa. Nunca dá para ter certeza de como agir, do que é necessário, o que é educado. Onde acaba amizade e começa vinculo empregatício. Perguntas como: será que tenho que ir cumprimentar as visitas quando não é meu horário? Será que tenho que ficar junto com a família quando tem visita? Será que quando chego da aula tenho que ficar assistindo TV? O que eles vão pensar se ficar trancada no meu quarto? Essa pergunta vem na cabeça o tempo todo e de uma forma ou de outra você nunca fica 100% a vontade, afinal, não é a sua casa, por melhor que você se dê e mais amigáveis que as pessoas sejam, nunca será. É impossível não pensar: será que estou atrapalhando? Será que estou sendo muito anti-social? Será que estou sendo muito social?
O equilíbrio acho que sempre será um mistério... E tudo depende também o quanto você se preocupa e esclarece as coisas. Eu realmente sou um pouco histérica tanto com a questão profissional, não consigo separar profissional do pessoal, quanto com esta coisa de agradar. Até por que sei que não sei lidar muito bem com pressão e críticas negativas, por mais que elas sejam erradas ou certas eu sempre fico acabada...É meu lado dramático... O Marcelo sempre me conta com um exemplo perfeito, diz ele: “Raquel, mas pare... Tem 39 alunos que te adoram e tu fica aí se lamentando por um que não vai lá com a tua cara!?”. Eu sei, mas é tipo: mas forte que eu! Muitas vezes acabo perdendo muitas coisas por causa disso. Não sou uma pessoa de reclamar e colocar os pratos na mesa se sei que isso pode magoar outra.. É tolo e estúpido, eu sei... Então, tenho que levantar as mãos para o céu por ter encontrado esta família para trabalhar. Claro que ás vezes dá aquela coceirinha vendo oportunidades para ganhar beeeeeeeeeeeeeeeeem mais e trabalhar bem menos, ainda mais agora que meu inglês esta melhor, mas o ideal é sempre parar para pensar e pesar os prós e contras. E ainda tem o lance do comprometimento, afinal não é qualquer trabalho onde é fácil ser substituído! Além da família tem o bebê, ou criança e o apego com ele , todas as relações emocionais oportunizadas e criadas. É uma casa, um lar, uma segurança.
Com certeza não teria evoluído nem metade do que evolui se não estivesse trabalhando como au-pair. Quando paro para comparar o que sabia de inglês antes e agora fico orgulhosa de mim. Está certo que para escrever ainda sou medonha..sério, escrevo muito mal em inglês, esse lance das vogais com outros sons e preposições me matam, mas consigo entender quase tudo que as pessoas falam e consigo falar relativamente bem, claro que ainda com erros horrendos, mas consigo comunicar tudo que quero, pra quem não sabia verbo to be é uma grande coisa! E isso, graças a opção de ter virado au-pair, pois se dependesse só da escola estaria perdida... Tudo é pratica. Querendo ou não inconscientemente as coisas vão entrando na cabeça e as frases e as palavras fazendo sentido pois você associa a fatos. É como se automaticamente uma rede de relações fosse se formando na mente.
Resumo da ópera: o que você está disposto a abrir mão? O que é mais importante? Isso é que se tem que levar em conta sempre ao tomar decisões!
Bom..cheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeega....rs... bj e boa semana!

3 comentários:

  1. O nega, que coisa boa ler as coisas que vc escreve!!!! Adorooo...é tão vc! Esses dias sonhei com vcs dois!!! Foi maraaaaaaaaaa....estávamos todos juntos....
    Fico fleiz por estares gostando dessa vida de babá, quem sabe vc pense em ter os eu??? ahuhauuahuah Beijossssssssss

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  2. Quel, fico mto feliz com tudo isso, bom saber que estas bem, tanto no trabalho, qnto no amor, qnto no INGLES.. mto bom mesmo... Desejo tudo que há de melhor pra ti.. Um enormeeee Bjoooo... Aqui tem uma pessoa que gosta mtoooe ti... ;)

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  3. Santa Rosa hahahaha. Bom, eu vou sair de mais longe São Luiz Gonzaga (minha cidade natal, terra do barro vermelho) e vou para Dublin. Hoje moro em Porto Alegre e embarco dia 20 de fevereiro.

    vamos conversar por e-mail? O meu é teteurrpp@gmail.com

    Um abraco
    Mateus

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